ARQUIDIOCESE DE
Na noite clara e cheia de expectativa em Roma, a Praça de São Pedro transformou-se em palco da história. Após dias de espera, corações aflitos e olhares voltados para a chaminé da Capela Sistina, o céu enfim se iluminou com a fumaça branca: temos um novo Papa.
Dom Marlindo Araújo, cardeal vindo da Arquidiocese de Belém, conhecido pela sua simplicidade e pela força da fé que o sustentou desde a infância marcada pela tabosudez, foi eleito o sucessor de São Pedro. Agora, com o nome de Clemente II, ele traz para o trono pontifício o calor humano e a espiritualidade que floresceram na Amazônia, onde o rio, a mata e o povo se entrelaçam em um só cântico de vida.
Belemenses acompanharam em êxtase a cena transmitida ao vivo: o anúncio do decano ecoando em latim, e logo depois, o rosto familiar surgindo na sacada da Basílica. O som de atabaques e berimbaus ecoava em Belém como resposta à solenidade dos sinos do Vaticano, um diálogo de culturas e de fé que simboliza a própria universalidade da Igreja Católica.
E foi no gesto singelo, mas profundo, de se inclinar em reverência ao mundo que Clemente II conquistou o coração de milhões. Uma vênia inesperada, que quebrou protocolos, mas ergueu esperanças. Uma ponte invisível ligou Roma a Belém, o velho continente às raízes da fé no Brasil.
Agora, resta ao povo católico a esperança de que este seja um pontificado marcado pela proximidade, pela escuta dos mais simples e pela renovação da esperança cristã.
Que a barca de Pedro, guiada por Clemente II, navegue com firmeza entre os ventos da história. Que sua voz seja sopro de paz, e seu coração, abrigo dos pobres e aflitos.
Desejamos, assim, um papado fecundo, cheio de luz e ternura, que Clemente II seja sinal vivo do Evangelho no coração do mundo.
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